terça-feira, 18 de agosto de 2009

O GRANDE CHEFE - Ao estilo de Lars Von Trier

Por Sâmila Braga



O estilo de Lars Von Trier é bem diferente do que estamos acostumados. Cortes no meio das cenas, uma narrativa direta, quase simplista. O diálogo entre os personagens envolvem na trama lúdica de forma a povoar de indagações quem está diante da tela. Um ator mal sucedido encontra o seu momento de glória, quando contratado para estrelar como “o dono de tudo”, acaba pondo fim as esperanças de todos. Ravn, vigarista oportuno o contratara para atuar como proprietário da empresa da qual ele é dono. Ravn gosta de ser amado, feito ursinho de pelúcia, literalmente. Todavia Ravn, sob uma manta de cuidadoso advogado da empresa, é na verdade o “dono de tudo”. Sem querer mostrar sua face engana os seis diretores de sua empresa e tecnologia de informação.


O ator mal sucedido do começo do texto é o fantoche que ele deseja usar para vender a empresa, sem remorsos ou direitos para qualquer um de seus funcionários. O pobre coitado ator falido, Kristoffer, veste as glórias de ser o grande chefe e passa de idiota, de malvado, de gay, de sedutor, consecutiva ou simultaneamente. Encontra a mulher, com quem foi casado por cinco anos, na condição de advogada do islandês que deseja a compra da empresa.


No fim, o canalha vira amiguinho, mesmo quando o ator se questiona sobre do céu ao inferno em instantes. O final não é bem como s queria, a venda da empresa acontece e o ator fracassado agora arranja palcos macabros, encenando seu adorado diretor de teatro – cuja mais citada obra por ele é “A Cidade sem chaminés” – para um platéia estreita e que odeia sentimentalismo dinamarquês.

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