A comédia de Krzysztof Kieslowski em A igualdade é Branca se baseia nos vícios da espécie humana e na dor de um homem que não satisfez a esposa. Completamente destruído, ele ainda acha que tem esperanças com Dominique, mas o pior ainda estava por vir. O telefone gemia, gritava ao passo que Karol era destruído por uma casamento que não deu certo.
A montagem da trama passa por momentos onde não se sabe exatamente o que o homem está pensando: reconstruir a vida, esquecendo aquilo que passou e se libertar como fez Binoche (aliás ela pode ser vista no fundo da sala do julgamento do divórcio)? Mas nada disso. A Igualdade é Branca, sem vida ou emoções. Diante dela nenhum ser humano está tranqüilo.
Karol passa por experiências frias mata, morre, é espancado. Mas seu gênio e determinação permanecem ativos, cegos pela sede da vingança. Mais uma vez a morte é instrumento. Para “matar” Dominique ele primeiro acaba com a própria vida. Depois de ficar rico e se refazer, o seu plano final é surpreendente. Entrega toda a fortuna para mostrar seu desapego, planeja sua morte detalhadamente e monta a armadilha.
Ao voltar do enterro a vingança se consuma. Karol triunfa sobre o corpo da Dominique. Os dois envoltos em lençóis vermelhos se separam. Ainda não era o suficiente. A prisão de Dominique encerra a película de 1994. A frase que pode resumir a história também diz muito sobre o que somos todos nós: hoje tudo se compra!
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